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exibições de letras 14

Laurindo Pedra

Kayke Mello

Me chamo Laurindo Pedra
Do campo sou elemento
Carrego marcas no corpo
Com cicatrizes do tempo
Rolando ganhei o mundo
Lasquei, mas sobrevivi
Por certo guardo memórias
Das outras pedras daqui

Falo das boleadeiras
Que andavam sempre a cavalo
Voando livre nos campos
Matando a fome num pealo
Viram a doma de perto
O potro, o queixo quebrado
Viram a poeira e o tombo
No rito de um batizado

Vi pedras sentando o fio
De facas muy carneadeiras
Tirando tentos pra os laços
Serviço de tarde inteira
A mesma faca afiada
Sangrava sem ter perdão
Descascava fruta doce
Na sombra de um “cinamão”

Eram de pedra as mangueiras
Acomodadas com jeito
Guardavam todas na forma
Histórias do rio e do leito
Cercaram miles de bois
Na sesmaria da estância
Foram castelos gigantes
Nas brincadeiras da infância

Não faltariam palavras
Tampouco pedras, eu sei!
Mas como também sou barro
Encerro e me calarei
Cantando a pedra inerte
Que sela o fim da existência
Assim que virarmos pó
Trocando de pago e querência

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Composição: Juliano Santos / Kayke Mello. Essa informação está errada? Nos avise.

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